21/12/2016

Crítica do filme: 'Army of One'

Dos mesmos produtores do polêmico Borat, Army of One, que estreou nos Estados Unidos no final desse ano e ainda sem previsão para desembarcar no Brasil, é mais um daqueles filmes sem noção que hollywood produz com bastante quantidade faz anos, protagonizado pelo veterano ator ganhador do Oscar Nicolas Cage.  O filme, incrivelmente, é baseado em fatos reais e o roteiro foi baseado em um artigo homônimo publicado na revista GQ pelo jornalista Chris Heath. Toda a fábula criada e transformada em cinema é uma grande chatice, quase um presente de natal que nenhum cinéfilo quer ganhar. O projeto tem grandes chances de aparecer na lista de indicados do próximo Framboesa de Ouro.

Na trama, conhecemos o ingênuo e faz nada Gary Faulkner (Nicolas Cage) um ser humano muito louco que vaga pela vida buscando encontrar seu caminho. Quando começa a ver Deus (Russell Brand) em carne e osso, acaba recebendo uma missão: capturar Osama Bin Laden e fazer uma incrível viagem ao Paquistão para cumprir seus objetivos.  Somente com uma espada de samurai que compra a partir de um comercial de televisão no melhor estilo polishop, Faulkner viverá experiências diferentes e uma grande troca cultural durante seu trajeto.

Cheio de caras e bocas, escrachado, completamente sem noção. O protagonista é uma alma perturbada, desempregado, inconsequente que persegue um objetivo vindo diretamente de Deus na forma de Russel Brand. O roteiro assinado por Rajiv Joseph e Scott Rothman dá um monte de voltas e não chega a lugar nenhum, foca nas bizarrices de seu personagem principal e seus loucos diálogos com Deus e apresenta muito pouca profundidade na subtrama amorosa entre Faulkner e uma conhecida que se reaproxima dele Marci (Wendi McLendon-Covey). O projeto até tem momentos engraçados mas não consegue convencer como filme.


O arco inicial é extremamente chato. Nos arcos finais o filme se transforma em uma completa aventura desenfreada, com alguns momentos que fazem rir mas que flerta fortemente com o absurdo a todo instante, o que incomoda. Entrando em um filme atrás do outro, Nicolas Cage continua a transformar sua carreira em um grande Titanic.