Dos mesmos produtores do polêmico Borat, Army of One, que
estreou nos Estados Unidos no final desse ano e ainda sem previsão para
desembarcar no Brasil, é mais um daqueles filmes sem noção que hollywood produz
com bastante quantidade faz anos, protagonizado pelo veterano ator ganhador do
Oscar Nicolas Cage. O filme,
incrivelmente, é baseado em fatos reais e o roteiro foi baseado em um artigo
homônimo publicado na revista GQ pelo jornalista Chris Heath. Toda a fábula
criada e transformada em cinema é uma grande chatice, quase um presente de
natal que nenhum cinéfilo quer ganhar. O projeto tem grandes chances de aparecer na lista de
indicados do próximo Framboesa de Ouro.
Na trama, conhecemos o ingênuo e faz nada Gary Faulkner
(Nicolas Cage) um ser humano muito louco que vaga pela vida buscando encontrar
seu caminho. Quando começa a ver Deus (Russell Brand) em carne e osso, acaba
recebendo uma missão: capturar Osama Bin Laden e fazer uma incrível viagem ao
Paquistão para cumprir seus objetivos. Somente
com uma espada de samurai que compra a partir de um comercial de televisão no
melhor estilo polishop, Faulkner viverá experiências diferentes e uma grande troca
cultural durante seu trajeto.
Cheio de caras e bocas, escrachado, completamente sem noção.
O protagonista é uma alma perturbada, desempregado, inconsequente que persegue
um objetivo vindo diretamente de Deus na forma de Russel Brand. O roteiro
assinado por Rajiv Joseph e Scott Rothman dá um monte de voltas e não chega a
lugar nenhum, foca nas bizarrices de seu personagem principal e seus loucos
diálogos com Deus e apresenta muito pouca profundidade na subtrama amorosa
entre Faulkner e uma conhecida que se reaproxima dele Marci (Wendi
McLendon-Covey). O projeto até tem momentos engraçados mas não consegue convencer
como filme.
O arco inicial é extremamente chato. Nos arcos finais o
filme se transforma em uma completa aventura desenfreada, com alguns momentos
que fazem rir mas que flerta fortemente com o absurdo a todo instante, o que
incomoda. Entrando em um filme atrás do outro, Nicolas Cage continua a
transformar sua carreira em um grande Titanic.