Houve muita expectativa sobre esse projeto, a reunião de diversos
super heróis famosos dos quadrinhos lutando contra um inimigo da humanidade.
Exatamente o mesmo gancho de salvação do planeta visto em filmes da série
Vingadores da Marvel. A preocupação de cinéfilos de todo o planeta era que a DC
tinha apresentado até agora resultados insatisfatórios (exceto talvez o ótimo Mulher Maravilha), falando em cinema,
com filmes longe de serem queridos. Em Liga
da Justiça, jogam no liquidificador nerd diversas características humanas
de seus personagens, liderados por um Batman melancólico e repleto de culpa
interpretado por um surpreendente Ben Affleck. Esse trunfo se desenvolve muito
bem, aliando cenas de ação empolgantes. O resultado é um filme bastante
interessante, onde o brilho de cada super herói se sobressai em qualquer brecha
para individualidade.
Na trama, subseqüente a morte do Superman (Henri Cavill) em Batman
vs Superman: A Origem da Justiça, vemos
um Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) abatido e amargurado, com enormes
sentimentos de culpa mas que precisa vestir a capa do morcego para combater um
terrível vilão com enormes poderes. Para isso, ao lado de Diana Prince/Mulher
Maravilha (Gal Gadot), resolve recrutar super heróis da terra que mapeia com a
ajuda de Alfred (Jeremy Irons) em sua batcaverna. Assim, se juntam ao super
herói mencionados, Barry Allen/ Flash (Ezra Miller), Arthur Curry/Aquaman (Jason
Momoa) e Victor Stone/Cyborg (Ray Fisher). Assim, inicia-se o que chamaremos de
A Liga da Justiça.
Os conflitos de Wayne em liderar a equipe são evidentes e
marcantes, um Tony Stark bem elaborado da DC. Usando seus recursos financeiro
ilimitados mas sem ter na prática um super poder, o homem morcego se vê em
dúvida a todo instante, principalmente na ideia que molda as ações do longa, o
resgate de uma peça chave para o sucesso de sua equipe. O recrutamento traz
boas cenas e explicações sobre as origens dos personagens, principalmente o
contexto de Cyborg e Aquaman. Flash, rapidinho até em sua história passa batido
alguns pontos mas nada que atrapalhe o desenvolvimento. Esse último também fica
com o cargo de ser a ponto cômica do filme, com piadas adolescentes exatamente
da mesma maneira que enxergamos o Homem Aranha na turma dos Vingadores.
Por incrível que pareça, pelos caminhos que percorrem o
roteiro de Liga da Justiça, a ação acaba ficando em um segundo plano, é mais um
conflito de ser humano e suas emoções, em um desenvolvimento que preenche brechas
de outros filmes transformando esse em um dos bons filmes baseado em
quadrinhos. Esqueça a briga que existe entre Dc vs Marvel, por mais que se
pareçam, essa competição só tem que ser vista de perto quando cada turma de
super heróis a cada novo longa nos brinda com filmes com alma e essência desses
inesquecíveis personagens que brindam nossas mentes a cada nova geração.