15/06/2018

Crítica do filme: 'Operação Red Sparrow'


O silêncio também é um espião. Baseado no livro Red Sparrow, de Jason Matthews, Operação Red Sparrow desembarcou no Brasil semanas atrás, trazendo mais uma vez para a luz uma trama de espionagem que envolve EUA e a União Soviética. Além de ter muito de mais do mesmo, o longa-metragem acaba caindo nas armadilhas dos velhos clichês, mesclando sensualidade com uma trama pouco envolvente. No papel da protagonista, Jennifer Lawrence, um rosto conhecido mundialmente mas que possui muitos altos e baixos em sua carreira.

Na trama, conhecemos a trágica vida de Dominika Egorova (Jennifer Lawrence), uma esforçada bailarina que no ápice da carreira sofre um grave acidente o que a impede de exercer sua profissão. Sem ter o que fazer, e com as contas vencendo, resolve aceitar o convite de seu tio Vanya Egorov (Matthias Schoenaerts), um homem misterioso e não bem visto pelo restante de sua família, para ingressar em uma espécie de escola para espiões. Após sofrer batsante no seu treinamento, Dominika tem uma missão nada fácil seduzir um agente da Cia chamado Nathaniel (Joel Edgerton), com quem acaba travando um jogo de gato e rato.

Muitos outros projetos se parecem com Operação Red Sparrow. Não há muita originalidade, o roteiro é como se fosse uma receita de arroz e feijão para filmes sobre espionagem. Os arcos se definem na apresentação da personagem principal, passando pelo seu treinamento (talvez o arco mais promissor) até as conclusões e sua conturbada missão. Lawrence não convence como agente russa, mais um trabalho morno da ganhadora do Oscar pelo filme O Lado Bom da Vida.