O ontem não é nosso para recuperar, mas o amanhã é nosso
para ganhar ou perder. Dirigido pelo cineasta nova iorquino Rob Reiner (História de Nós Dois, Antes
de Partir) e com roteiro do novato em longas metragens Joey Hartstone, LBJ é
um dos recentes projetos que falam sobre uma parte importante da vida
profissional do 36º presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson (só a cargo
de curiosidade, o outro filme é Até o
Fim - 2016). No papel principal, o veterano Woody Harrelson com uma maquiagem que chama a atenção, o ator teve
que passar por duas horas de aplicação a cada manhã, e uma hora para a remoção
do mesmo no final de cada sessão.
Exibido no Festival Internacional de Toronto em 2016, LBJ conta como o líder do senado
norte-americano Lyndon B. Johnson (Woody
Harrelson) assume o maior cargo norte-americano de comando após o trágico
assassinato do presidente Kennedy no início da década de 60. Sempre bem
articulado nas manobras políticas, Johnson precisará lidar com os obstáculos
colocados por Bobby Kennedy (Michael
Stahl-David) e lutar para aprovação do Ato dos Direitos Civis, mesmo se
isso o colocar contra seus fiéis aliados sulistas.
Nesse retrato amistoso do ex-presidente mencionado, uma das
quatro pessoas que atuaram como presidente e vice-presidente nos Estados
Unidos, o roteiro foca sem muita profundidade nas prévias eleitorais
norte-americanas, na qual é vencida por Kennedy e o surpreendente pedido para
Johnson ser o seu vice. Durante toda a projeção, o lado emocional de Johnson
aflora, tendo que lidar com sua preocupação com a rejeição, seu ciúmes do
carinho que as pessoas tinham por Kennedy e inúmeras batalhas vencidas e
perdidas para controlar as ações à sua maneira. Completamente esquecida pelo
roteiro, Lady Bird (Jennifer Jason Leigh), esposa de Johnson possui apenas um
papel bem menor do que deveria para entendermos melhor essa figura histórica
norte americana.
Longe de ser a biografia oficial, sem muito brilho e
buscando certo entendimento no ato de preencher as lacunas mais evidentes sobre
as atos governamentais polêmicas (Vietnã, por exemplo), LBJ foi direto para os canais de streaming sem ter chances no
disputado circuito exibidor.