Cinema Comercial ou Comercial Cinema? Há duas maneiras de
sair da sala de cinema após assistir a esse filme. Uma, você que ama basquete e
adorou ver as enterradas, as jogadas de efeito de ex-jogadores e alguns ainda
em atividade ao longo da projeção. A segunda maneira é pensar que você não viu um filme mas sim um comercial
de um refrigerante sem carisma e com diversos exageros. Tio Drew, fora lançado no circuito brasileiro de exibição faz
poucas semanas, e senão me engano já saiu bem rápido de cartaz. Mal lançado (a
temporada de basquete nem começou!), o projeto baseado em seu protagonista, astro
de uma série de comerciais da Pepsi , interpretado no filme pelo genial jogador
do Boston Celtics Kyrie Irving,
falha demais quando pensamos em cinema.
Na trama, conhecemos um fracassado técnico de basquete de
rua chamado Dax (Lil Rel Howery). Um
homem assombrado por um erro numa partida de basquete quando era adolescente
que busca sua redenção como treinador em um torneio de grande divulgação. Só
que as vésperas do torneio, ele perde seu melhor jogador para outra equipe,
além de ser jogado para fora de casa pela namorada interesseira. Sem rumo,
acaba indo parar de quadra em quadra da cidade até encontrar Tio Drew (Kyrie Irving), um famoso jogador do
passado que está aposentado e bastante velho mas não perdeu as habilidades
excepcionais do jogo. Assim Dax convence Drew a reunir uma equipe de velhinhos
ex-jogadores e assim tentarem ganhar o torneio.
Estimado em 19 milhões de dólares (quanto filme bom daria
para ser feito com esse dinheiro!) e dirigido pelo cineasta Charles Stone III, com Roteiro de Jay Longino (Fora do Rumo (2016)), Uncle
Drew, no original, é um show de propaganda de uma gigante dos refrigerantes
que tentaram transformar em filme. O roteiro é falho, sem profundidade, além
dos absurdos clichês que navegam a história. É um quebra cabeça com as peças
todas erradas no tabuleiro, só serve mesmo de diversão para os amantes do
basquete rever gênios como o mais famoso dos defensores da história Shaq, Reggie Miller e suas bolas de
três, e a força no garrafão de Chris
Weber, além das habilidades de Nate
Robinson e o único ainda em atividade, Kyrie
Irving, que fora parceiro de Lebron
James durante muitos anos em Cleveland.
Mais fácil ligar nos jogos da NBA, quando a temporada
começar. Que saudade de Space Jam!