Quando a amizade tenta superar as barreiras do destino. Tentando
apresentar para a nova geração dos cinéfilos, além de invocar os pensamentos
nostálgicos uma história bastante conhecida do mundo dos livros e baseada em
fatos reais, além de um longa metragem emblemático de décadas atrás, Papillon (2018) cumpre com bastante
eficácia a essência dessa saga entre duas pessoas que vão se conhecendo ao
longo do tempo e em condições desumanas.
O filme, que marca a estreia do cineasta dinamarquês Michael Noer em Hollywood, conta a
trajetória de Henri Charrière (Charlie
Hunnam), conhecido como Papillon, um criminosos que rouba cofres que fora
incriminado de assassinato injustamente e acaba parando em uma prisão bastante
rigorosa e desumana no meio da Guiana Francesa. Pensando todo dia em como fugir
desse lugar, acaba conhecendo Louis Dega (Rami
Malek), um homem preso por estelionato com instituições financeiras.
Juntos, lutando contra a solidão e loucura do confinamento, começam aos poucos
a planejar o que seria uma fuga digna de cinema.
O foco total é a amizade, tendo como plano de fundo as
terríveis ações sofridas pelos prisioneiros, em ações desumanas. Há uma forte
crítica ao governo francês da época que mandavam seus prisioneiros para outro
país para serem praticamente esquecidos pela civilização. Sem fugir dos fortes
personagens, encontramos a união entre a razão e emoção. Papillon é o corajoso,
destemido, que bola ideia mirabolantes ligadas à inconsequente e a vontade de
sair daquele inferno. Dega é o intelectualizado, a razão, mesmo frágil, que
orienta e faz com que as ideias de Papillon sejam possíveis.
Pra quem curte Um
Sonho de Liberdade, Prison Break
e derivados, e ainda não conhecem essa história imortalizada no cinema na
década de 70 por Steve Mcqueen e Dustin Hoffman nos papéis principais, pode
ser que se interessar em descobrir o desenrolar dessa inacreditável fuga.