A ideia inicial era, abordar as problemáticas imobiliárias
norte americanas como um background para uma trama com certas questões ligadas
a família. Só que nesse trabalho do diretor Jonathan Watson, em seu primeiro longa-metragem na cadeira
principal, vários arranjos não funcionam e declinam em uma protagonista confusa
e um assassino/vilão desprovido de coerência para com tudo aquilo que
presenciamos. Um filme esquecível, sonolento e que nos da margem para pensar
quantos filmes deixaram de se fazer para investirem tempo e dinheiro nesse
trabalho que não deixará saudades aos olhos cinéfilos.
Na trama, conhecemos Cassie (Rosemarie DeWitt), uma mulher de meia idade, mãe, divorciada, que
mantém uma boa relação com o ex-marido. Ela está falida e prestes a perder sua
casa. Seu dia a dia é uma batalha, já que trabalha no mercado imobiliário
exatamente na época de uma das maiores crises norte americanas no setor. Certo
dia, após chegar para trabalhar, acaba presenciando o assassinato de seu chefe
pelo desregulado Sonny (Danny McBride)
que estava insatisfeito com a maneira como fora lhe passado as informações de
sua atual casa e os prejuízos da mesma. Assim, Cassie e Sonny travam uma
batalha sangrenta, a primeira buscando sobreviver nas mãos desse maluco e o
segundo, bem o segundo não conseguimos entender as maluquices e objetivos desse
péssimo personagem.
Não sei vocês mas eu sempre acredito que devemos ir até o
fim de todo filme, mesmo sendo do Nicolas
Cage, ou mesmo caminhando rumo ladeira abaixo (como é o caso). Mas confesso
que a vontade de largar tudo e ir fazer outra coisa foi me consumindo mas como
bom cinéfilo consegui resisti. Tudo funciona muito mal nessa
comédia/thriller/filme horroroso. Ambientado em 2009 durante a crise
imobiliária nos Estados Unidos, fato muito mal aproveitado no decorrer da
trama, uma história de assassinato, sequestro e tentativa de sobrevivência
tendo como cenário várias casas vazias e uma pitada de depressão. Se a história
conseguisse ir além da superfície no arco familiar da protagonista Cassie (personagem
da pouco inspirada Rosemarie DeWitt)
poderia trilhar um caminho mais esperançoso.