Preferível dormir em casa do que na sala de cinema.
Na trama, um grupo de idosos britânicos (alguns aposentados)
resolvem viajar para a Índia para passar um tempo. Chegando na terra dos
incensos, se hospedam no Hotel Marigold, administrado por um jovem simpático.
Aos poucos histórias se cruzam e cada um dos personagens começa a ver a vida de
uma nova maneira. São muitos personagens: tem uma velhinha deveras chata e
preconceituosa que viaja para fazer uma cirurgia, uma recém viúva que tenta
aprender sobre tecnologia (tem até um blog) e vive tentando fugir da realidade
onde seu marido falecido deixou-a com uma grande dívida, um senhor de alta
idade que tenta achar uma companheira mais jovem, ou necessariamente uma pessoa
que lhe faça companhia nas estradas da vida, um jurista de alto cargo que resolve
largar tudo e ir para índia, além de um casal que não se aceita mais como
marido e mulher (implicâncias rolam soltas de ambos os lados).
A terra dos incensos vira um lugar de descobertas e muitas
aventuras desse grupo já na terceira idade. Pratos exóticos, choque cultural,
um mundo novo, completamente diferente. O desafio é enfrentar e tentar uma ‘nova
vida’ nessa terra populosa e diferente do que eles estão acostumados. O
problema é que o filme te leva ao sono facilmente, algumas partes agradam mas
como um todo não cria elos com o espectador. É muita história, a maioria
desinteressante, ao longo da inacabável fita. Falta um pouco de profundidade em
muitos dos personagens presentes em cena, o roteiro não consegue ter méritos de
amarrar bem a história. Não há lições de
vida, atores se esforçam mas seus personagens são chatos e não conseguem
prender a atenção (o que é fundamental em filmes longos).
Em um ano de tantos filmes bons que passam a cada semana no
circuito brasileiro, esse chega a ser cravado como uma das grandes decepções do
ano. Preferível dormir em casa do que na sala de cinema.