17/10/2013

Crítica do filme: 'Fading Gigolo'



Escrito e dirigido pelo norte-americano John Turturro (excelente ator, diga-se de passagem)  Fading Gigolo arrancará dos cinéfilos risadas gostosas mesmo que a história só seja mesmo interessante por conta da atuação genial de Woody Allen - que volta a atuar como ator em um filme que ele não dirige desde Juntando aos Pedaços, um filme pouco falado no longíquo ano  2000). O longa-metragem de modesto orçamento conta também com as presenças das sensuais Sofia Vergara e da veterana Sharon Stone.

Na comédia, conhecemos o tímido e acanhado Fioravante (John Torturro), um homem de classe média que decide se tornar um profissional do sexo, um Don Juan do bairro onde mora, como uma forma de ganhar bastante grana e assim ajudar o seu amigo sem dinheiro, Murray (Wody Allen). Com esse último agindo como uma espécie de cafetão, a dupla se joga em um universo de amor, sexo, piadas, dinheiro e prostituição.

O roteiro é um ponto a se analisar negativamente. Conforme as sequências vão passando mais o público percebe que Torturro nada mais fez do que imitar a formula de Woody Allen com histórias interligadas e com personagens fugindo do senso e das verdades comuns. Falta gás nas subtramas e os coadjuvantes acabam ficando se desfechos convincentes resumindo algumas histórias a muita informação e pouco desenvolvimento.

O filme corria o risco de não atrair a atenção do público se não tivesse Woody Allen no elenco. Esse genial artista que ama Nova Iorque realmente é um ponto diferencial já que o roteiro é trivial e fraco tendo somente as forças de um personagem para a história se tornar sustentável. O espectador se delicia com as ótimas tiradas do judeu Murray, Allen transpira carisma na frente das câmeras. Genial atuação desse ganhador do oscar de 77 anos.

Sharon Stone também merece o crédito por ótimos diálogos com o protagonista, arrancando gargalhadas do espectador e mostrando sua sensualidade infinita. Sofia Vergara – que faz muito sucesso no seriado Modern Family – tenta mas ainda é uma fruta não madura como atriz. Ao longo de 98 minutos, rimos em grande parte com um dos pelés das telonas, por isso, vale muito a pena conferir esse trabalho. Somente por isso.