O indicado ao Oscar de Melhor filme estrangeiro este ano
pela Áustria é uma jornada sangrenta em busca de um certo conforto emocional.
Protagonizado pelo inglês Sam Riley e com o ator Clemens Schick (que fez o
longa-metragem Praia do Futuro com
Wagner Moura) no elenco, o longa-metragem possui um roteiro fraco que só não classifica
a fita como ruim por conta da inteligente maneira do experiente diretor Andreas
Prochaska conduzir as sequências. É um dos filmes mais fracos que foram
indicados ao pré-Oscar este ano.
Na trama, um forasteiro chega a uma aldeia isolada, nas
vésperas de um rigoroso inverno. Logo em sua chegada, paga uma quantidade
considerável de dinheiro para os “donos” do lugar. O que ninguém sabe, é que
esse homem está com uma grande sede de vingança contra quase todas as pessoas
deste lugar. Assim, passo a passo, um plano é arquitetado e executado.
O filme, desde seu princípio, tem um ar melancólico. Os
personagens são frutos de uma época sem lei, onde comboios deram formados para
dominar terras e pessoas. O retrato que engloba essa trama, foca nas razões que
levaram o protagonista a cometer uma série de atos tão violentos. Quando esse
clímax passa, o filme parece não ter muito sentido, além de uma série de
pequenos clichês que vão sendo adicionados. É muito pouco para realmente
prender a atenção do público, entre outras coisas, falta empatia do personagem
principal em cena.
A fotografia é belíssima, a direção de Prochaska tenta
captar o que pode dos detalhes dessa dura história mas o roteiro, além da
atuação de seu protagonista, deixam muito a desejar. O Vale Sombrio (Das finstere Tal) não é um filme como um todo ruim
mas com certeza não está à altura de outros filmes indicados ao Oscar de Melhor
filme estrangeiro esse ano.