Falando sobre o mundo dos stalkers, o novo projeto do
diretor nova-iorquino Rob Cohen, que dirigiu o terrível A Múmia - Tumba do Imperador Dragão, é uma história muito forçada
que explora a sensualidade sem profundidade. O Garoto da Porta ao Lado é um dos filmes mais perdidos que serão lançados
neste ano aqui no Brasil. Não consegue se encontrar sendo suspense, é uma
viagem indigesta quando tenta ser um drama e com certeza é um filme que passará
desapercebido pelos cinemas brasileiros.
Na trama, acompanhamos uma professora de meia idade que
acabara de deixar o marido após uma traição dele. Certo dia, conhece Noah (Ryan
Guzman), o sobrinho de seu idoso vizinho. Após uma série de troca de olhares, a
professora se rende ao jovem mas ao longo de tempo percebe que se meteu em uma
furada já que o seu affair é um desequilibrado que passa a persegui-la.
O Garoto da Porta ao
Lado se transforma lentamente em uma
tentativa de suspense com péssimas atuações. Difícil saber quem está pior em
cena: Jennifer Lopez ou Ryan Guzman. Não há um pingo de entrosamento entre os
atores. O roteiro também não ajuda, parece que o filme foi todo picotado, diversas
sequências surgem sem nenhum nexo com o
que vínhamos acompanhando na arrastada trama.
Repleto de clichês do gênero indefinido que o filme se auto
evolui, O Garoto da Porta ao Lado demora para acabar, e olha que são
somente 91 minutos de projeção, é um grande sofrimento para todos nós
cinéfilos. É um sonífero mais forte que
qualquer remédio para dormir. Acordamos
somente com o barulho das cenas de perseguição de carros, talvez, feitas para
os produtores conseguirem colocar a logo da Chevrolet nos nossos olhos
adormecidos de tanto tédio.