Viver é super difícil, o mais fundo está sempre na superfície.
Baseado em mais um livro de sucesso de Nicholas Sparks, The Longest Ride, Uma Longa
Jornada conta com mais uma história de amor cheio de dramas e emoções,
neste caso recheado dos mais apurados clichês que a indústria cinematográfica
norte-americana pode criar. É uma produção feita com bastante água com açúcar
que conta com Scott Eastwood, filho do cineasta Clint Eastwood como
protagonista.
Na trama, conhecemos o cowboy Luke Collins (Scott Eastwood),
um jovem que após um grave acidente com um temível touro, tenta recuperar a boa
forma para conquistar o título mundial que sempre sonhou. Em um desses rodeios,
acaba conhecendo a estudante Sophia Danko (Britt Robertson), uma jovem
determinada e com muitos sonhos profissionais prestes a serem realizados. Logo
o amor inicia seu percurso para os dois pombinhos mas tudo nessa área de amor é
mais difícil e quando cruzam o caminho com senhor Ira Levinson (Alan Alda),
partem rumo a um destino inesperado e cheio de emoção.
Há uma certa química entre os protagonistas, interpretados
por Scott Eastwood e Britt Robertson. O primeiro se mantém gelado ao longo da
projeção, evitando qualquer deslize de seu personagem, talvez . A segunda é o
motor da história, sempre com uma delicadeza simpática que trás luz para
algumas cenas. A presença de Alan Alda como coadjuvante nesta produção é um dos
pontos altos da trama, sempre com uma elegância e presença preponderantes em
cena. A direção de George Tillman Jr., do ótimo Homens de Honra,é apenas regular e parece não fazer mais nada além do
que o feijão com arroz básico de qualquer diretor que não quer se comprometer.
Aos poucos no mundo do cinema, vai nascendo o gênero Sparks,
uma mescla de romance, drama, clichês e comédia. A cada nova temporada, sabemos
que o próximo livro de Sparks já é 100% certo de virar filme. Mesmo mudando os
atores protagonistas, os diretores, a essência dos textos do milionário
escritor tentam ser preservadas, a questão que complica as vezes quando se
passa uma história de Sparks para o cinema é a quantidade de clichês que os
produtores/diretores/quem investe um grana no marketing para o filme acontecer
insere no longa-metragem para tornar o filmes mais comercial. Simplesmente
desnecessários em quase todas essas adaptações.