27/01/2019

Crítica do filme: 'Aquaman'


O herói dos 7 mares. Tentando vencer a batalha com a Marvel, A DC aposta mais fichas no seu tabuleiro de super heróis contando dessa vez mais sobre a trajetória de um meio humano, meio ser do mar, o conhecido Aquaman. Dirigido pelo cineasta malaio James Wan, comandante do primeiro Jogos Mortais, o longa é visualmente impactante, reúne nomes conhecidos da atual e da velha indústria hollywoodiana, e um roteiro que tenta cumprir seu objetivo de divertir em pouco mais de duas horas de duração.

Na trama, conhecemos o jovem Arthur (Jason Momoa), um poderoso ser de dois mundos que tem o pai humano e a mãe rainha do Reino de Atlântida (Nicole Kidman). Desde pequeno soube que tem poderes de comunicação com seres aquáticos e uma força sobrenatural quando em terra. Treinado pelo guerreiro Vulko (Willem Dafoe) para um dia assumir o trono de Atlântida, Arthur passa anos se culpando pela morte de sua mãe. Quando seu meio irmão, Orm (Patrick Wilson) resolve proclamar uma guerra contra os seres da superfície, Arthur, com a ajuda da guerreira Mera (Amber Heard) precisará lutará para ser reconhecido como o rei de todos os mares.

Antes da amizade com a Mulher Maravilha, Batman e Superman, Arthur precisou se provar para um dos seus povos como um merecedor do artefato poderoso das águas, um tridente de um antigo rei. Em sua jornada, contada de forma acelerada e com foco em cenas intensas de ação, entendemos seus medos e receios em assumir o trono. Interpretado com muito carisma por Momoa, Aquaman é um simpático personagem dos quadrinhos que tenta chegar a superfície do reconhecimento também pelo público. No paralelo entre superfície e profundidade do alto mar, podemos dizer que a aventura não foca na profundidade de seus assuntos, até mesmo nas causas que fazem o reino do mar comandado pelo irmão em atacar a superfície por conta dos lixos diários e falta de carinho com a natureza marítima. Uma pena, era uma boa oportunidade em um filme mega popular explorar assuntos importantes de nossa civilização as vezes tão sem noção.

Estimado em 160 milhões de dólares, o projeto entra na galeria dos filmes ligados ao universo de super heróis, os maiores arrecadadores de bilheteria dos cinemas mundiais. O universo geek, é um mercado extremamente forte, passa de geração a geração, e preenchem, principalmente nas primeiras semanas, mais de 70 % das salas brasileiras, deixando espaço para pouquíssimos outros filmes ganharem a chance de aparecerem nas telonas.