O herói dos 7 mares. Tentando vencer a batalha com a Marvel,
A DC aposta mais fichas no seu tabuleiro de super heróis contando dessa vez
mais sobre a trajetória de um meio humano, meio ser do mar, o conhecido
Aquaman. Dirigido pelo cineasta malaio James
Wan, comandante do primeiro Jogos
Mortais, o longa é visualmente impactante, reúne nomes conhecidos da atual
e da velha indústria hollywoodiana, e um roteiro que tenta cumprir seu objetivo
de divertir em pouco mais de duas horas de duração.
Na trama, conhecemos o jovem Arthur (Jason Momoa), um poderoso ser de dois mundos que tem o pai humano e
a mãe rainha do Reino de Atlântida (Nicole
Kidman). Desde pequeno soube que tem poderes de comunicação com seres
aquáticos e uma força sobrenatural quando em terra. Treinado pelo guerreiro
Vulko (Willem Dafoe) para um dia
assumir o trono de Atlântida, Arthur passa anos se culpando pela morte de sua
mãe. Quando seu meio irmão, Orm (Patrick
Wilson) resolve proclamar uma guerra contra os seres da superfície, Arthur,
com a ajuda da guerreira Mera (Amber
Heard) precisará lutará para ser reconhecido como o rei de todos os mares.
Antes da amizade com a Mulher
Maravilha, Batman e Superman, Arthur precisou se provar
para um dos seus povos como um merecedor do artefato poderoso das águas, um tridente
de um antigo rei. Em sua jornada, contada de forma acelerada e com foco em
cenas intensas de ação, entendemos seus medos e receios em assumir o trono.
Interpretado com muito carisma por Momoa, Aquaman é um simpático personagem dos
quadrinhos que tenta chegar a superfície do reconhecimento também pelo público.
No paralelo entre superfície e profundidade do alto mar, podemos dizer que a
aventura não foca na profundidade de seus assuntos, até mesmo nas causas que
fazem o reino do mar comandado pelo irmão em atacar a superfície por conta dos
lixos diários e falta de carinho com a natureza marítima. Uma pena, era uma boa
oportunidade em um filme mega popular explorar assuntos importantes de nossa
civilização as vezes tão sem noção.
Estimado em 160 milhões de dólares, o projeto entra na
galeria dos filmes ligados ao universo de super heróis, os maiores
arrecadadores de bilheteria dos cinemas mundiais. O universo geek, é um mercado
extremamente forte, passa de geração a geração, e preenchem, principalmente nas
primeiras semanas, mais de 70 % das salas brasileiras, deixando espaço para
pouquíssimos outros filmes ganharem a chance de aparecerem nas telonas.