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21/09/2011

Meu País - Cinema com Raphael Camacho

Um visual brasileiro com toque italiano. Personagens carregados de emoção e sofrimento. No novo trabalho de André Ristum, vemos essas e outras coisas serem expostas para o espectador de maneira intensa, tornando o longa uma boa pedida para quando entrar em cartaz nos nossos cinemas, no dia 7 de outubro.

Logo no início percebemos certa preocupação com o cenário. Tudo é muito bem encaixado. Com lindas Paisagens, uma narrativa densa e um elenco que interage de forma muito inteligente, começa um pouco vago mas aos poucos vamos interagindo melhor com a história.

No filme, um homem bem sucedido tem que voltar às pressas da cidade onde mora (alguma italiana) para o Brasil por conta do falecimento de seu pai. Chegando na sua terra natal reencontra seu irmão e descobre que seu pai tinha uma outra filha bastante especial. O impacto da chegada da jovem especial, gera conseqüências que recaem sobre a relação já deteriorada da família.

O personagem Marcos, amargurado e mostrando traços de tristeza passada, tenta ser o elo forte da trama com o espectador. Rodrigo Santoro, que interpreta esse, tem um papel muito complicado em suas mãos, mas consegue dar um toque sério bastante interessante ao mesmo. Santoro, fala dois idiomas na história e dá um show na fluência das duas línguas (Português e Italiano). A variação das emoções desse personagem deixa a produção, às vezes, com conclusões apressadas sobre a eminência da história.

Em alguns takes, Anita Caprioli parece a atriz francesa Sophie Marceau. Essa jovem atriz italiana é uma grata surpresa e ajuda muito a dar certa veracidade aos fatos apresentados na pele da mulher do personagem Marcos. Muito da história inicial dessa família desunida é mostrada aos olhos da personagem Giulia que em uma das sequências passeia pela casa da família de seu esposo e acompanha dezenas de fotos pelas paredes do casarão.

Já, com um papel muito difícil em suas mãos, Débora Falabella faz o simples e conquista o público com uma boa atuação. Paulo José aparece pouco mas emociona sempre quando em cena. Cauã Reymond é uma aposta para próximos trabalhos no cinema, sua curva é positiva (em relação aos seus últimos trabalhos nas telonas) e vem entendendo cada vez melhor seus personagens, apesar que, nesse em específico achei que se perdeu em alguns momentos.

A casa da família dos personagens principais parece aqueles que lemos em livros da Agatha Christie.

Na menção à mala de Santoro: “- parece um quadro de Pollock...” Me lembrara do filme homônimo ao artista, onde o personagem principal é interpretado pelo fantástico Ed Harris.

É uma película que emociona e te deixa envolvido principalmente do meio para frente. São 90 minutos de um bom cinema nacional. Compre a pipoca e vá assistir!
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