O novo trabalho de Vladimir Carvalho começa contando a chegada das famílias da turma do rock, contorna as influências da época e há relatos gravados sobre todo o movimento. O mundo jovem da época é retratado com conversas francas sobre a ideologia da época e o uso de drogas.
Renato Russo é um grande pilar nessa fita. Muito bom rever o grande gênio do cenário rock da história da música brasileira. O Badernaço, que foi uma espécie de momento ruim da Legião Urbana é mostrado no filme com imagens capturadas no dia do ocorrido. A Formação do Aborto Elétrico com Fê Lemos, Flavio Lemos e Renato Russo e os problemas na trajetória marcante desse grupo é relatada por todos os seus integrantes.
A necessidade dos envolvidos em se comunicar daquela forma musical é um dos grandes motivos para análise ao longa da cronologia. O papel da imprensa, é visto, através da figura de Hermano Vianna, irmão do Herbert Vianna. Esse último aparece rapidamente, mas volta e meia é comentado. Foi de grande ajuda para aquelas bandas da época.
O documentário relata alguns problemas pessoais enfrentados pelos músicos, como o corte dos pulsos do líder da Legião Urbana. Fala também sobre o acontecimento de 68, a invasão da UNB e a pressão da família sobre a profissão toma conta quase que no desfecho do documentário. A relação dos mesmos com a industria fonográfica é mostrada por depoimentos de pessoas ligados à gravadoras e os próprios músicos.
Questionamentos sobre a carreira e o Showbizz fecham praticamente o documentário e aos poucos vamos tendo idéia do que caminho cada banda tomou.
Algumas frases fortes e emocionadas, como a Dinho Ouro Preto, explicando a volta da banda Capital Inicial, após um recesso e sua importância para a continuação daquele movimento que eles começaram lá atrás: - ‘ A morte do Renato(Russo), ressuscitou o Capital(Inicial)’.
Roqueiro ou não, vale a pena conferir!