16/01/2013

Crítica do filme: 'O Último Desafio'


Xerifator contra o bandido que luta Jiu-Jitsu

Desfilando seus diversos pares de sapato, Arnold Schwarzenegger volta às telonas na pele de um emburrado xerife de uma pequena cidade americana no filme de ação O Último Desafio. Dirigido pelo cineasta sul-coreano Jee-woon Kim (O Mistério das Duas Irmãs) o longa chega a ser mais uma história voltada à comédia do que a ação propriamente dita. Nas tentativas de diálogos engraçados, a maioria dá certo, por conta das hilárias cenas comandadas por Luis Guzmán e Johnny Knoxville.

Na trama acompanhamos a saga do xerife Ray Owens (Schwarzenegger), um durão homem da lei que abandonou a muitos anos uma carreira repleta de méritos na divisão de narcóticos em Los Angeles para viver na calma de uma cidadezinha do interior. Certo dia, após uma desconfiança com dois suspeitos em um bar, descobre um plano de fuga de um temido traficante de drogas que está em poder do FBI. Assim, reunindo a pouca força tarefa que tem em mãos, fará de tudo para deter os planos do bandito.

O longa poderia muito bem ser um carro desgovernado, na verdade um psicopata num batmóvel, e não ter sequer um elemento para conseguir prender a atenção do público. O Último Desafio tem uma boa direção e por incrível que pareça diverte muito, mesmo cheio de cenas desnecessárias. É um grande desfile de marcas de automóveis, o diretor às vezes esquece do filme e foca nessas marcas que provavelmente ajudaram no projeto. É uma coisa que acontece sempre mas nesse caso há alguns exageros. Carros e mais carros sempre farão referência ao filme estrelado por Vin Diesel, Velozes e Furiosos, esse não foge à regra.

O núcleo cômico da trama consegue sustentar a história dando suporte de diversão entre as bem filmadas cenas de fugas e perseguições.  Arnold Schwarzenegger até quando quer ser sério se torna engraçado. Mas o melhor ator do filme, sem dúvidas, é Johnny Knoxville. O líder do Jackass está hilário do começo ao fim, com um arsenal cheio de bobagens mas que se encaixam como uma luva no núcleo de comédia que é instaurada na história.

Para quem curte filmes de ação é um prato cheio. Quem não gosta desse tipo de filme pode desfrutar das partes cômicas que realmente conseguem segurar o espectador, mais ou menos a fórmula usada pelos dois filmes da franquia Os Mercenários.