31/01/2013

Crítica do filme: 'Qual o nome do bebê?'


Dirigido pela dupla de cineastas franceses Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, Qual o nome do bebê? é mais uma comédia na medida certa da terra de Truffaut. Nessa grata surpresa, todo rodado em Paris, a diversão contagia a sala de cinema não deixando o público tirar os olhos sobre os bizarros e hilários diálogos que vemos em cena. O filme é de baixo orçamento e por conta disso precisava ganhar o espectador pela representação e pelo olhar do diretor sob aquela situação. Os risos e interações com o público durante as sequências é a melhor resposta que o público pode dar.

Na trama, conhecemos Vincent um homem simpático que está prestes a se tornar pai. Ele e sua mulher Anna são convidados para jantar na casa de sua irmã Elisabeth e de Pierre seu cunhado e chegando lá encontra Claude, um velho amigo de infância. Enquanto a mulher de Vincent não chega a reunião uma confusão é instaurada na sala de estar por conta de perguntas, piadas e opiniões fortes sobre sua futura paternidade, transformando um simples jantar em um verdadeiro caos.

Tem uma certa semelhança com o último filme de Polanski, Deus da Carnificina, por mostrar quatro elementos interagindo de maneira cômica onde as consequências de algumas opiniões é totalmente desviada do foco principal, a reunião propriamente dita. A diferença maior entre as duas produções vem pelo fato de que o filme do polonês tenha um tom mais educativo e um olhar mais profundo sobre os envolvidos nas discussões.

A trilha sonora, muito bem produzida por Jérôme Rebotier, ajuda a compor o clima de surpresa que é instaurado.  Ao final do longa, nos créditos finais, um álbum de família é mostrado contendo muitas fotos do elenco na vida real. Logo se nota o entrosamento entre produção e atores, fato fundamental para o sucesso de público e crítica de um filme. Quando o projeto é de baixo orçamento a probabilidade de conseguirmos enxergar o real desejo dos envolvidos em fazer cinema é altíssima.

Consegue entreter com louvor. Vale o ingresso! Bravo!