07/02/2013

Crítica do filme 'Fogo contra Fogo' (2013)


O que acontece quando um bombeiro brinca com fogo? David Barrett, diretor de diversos seriados e debutando nos longas, tenta nos guiar para uma história que gira em torno de um trabalhador honesto que se vê envolvido com criminosos no novo longa de ação Fogo contra Fogo.  Algumas cenas são muito bem dirigidas, outras pifiamente. As situações provocadas pelo roteiro assinado por Tom O'Connor são forçadas fugindo completamente da realidade.  É o tipo de filme que encontraremos na famosa sessão da tarde ou talvez nas telas quentes da vida.

Na trama, acompanhamos um bombeiro que sobrevive a uma tentativa de assalto a uma loja de conveniência e vira protegido do serviço de testemunhas do FBI até o julgamento em que precisa depor. Meses longe dos amigos e da vida que levava, perto do julgamento, seu paradeiro é descoberto e agora, todo mundo que ele conhece corre perigo. Desesperado, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e ir atrás do bandito. O bombeiro, então, vira um justiceiro. Das mãos que saiam jatos de água para proteger os indefesos, de repente, viram mãos sujas de sangue em busca de vingança.

O roteiro fala sobre uma questão interessante sobre o sistema judiciário, é bem superficial mas rende uma boa sequência.  Porém, como um todo, o script se perde em clichês e situações um tanto quanto forçadas que esbarram no impossível, quase sempre. Por incrível que pareça, o título Fogo contra Fogo, homônimo ao clássico filme de Michael Mann (Colateral) estrelado por Al Pacino (Anti-Heróis) e Robert de Niro (O Lado Bom da Vida), diz muito sobre a história, exatamente a luta do fogo das armas contra as chamas de um justiceiro.

O bombeiro que gosta de trabalhar nos finais de semana é um personagem fraco, muito mal interpretado pelo ator Josh Duhamel (Noite de Ano Novo). A agente do FBI que só usa All Star, interpretada pela atriz Rosario Dawson (O Zelador Animal) é uma personagem completamente linear só tendo certa influência para a trama por seu o par romântico do protagonista. Bruce Willis (Looper: Assassinos do Futuro) irreconhecível, mais preguiçoso impossível. Será que o veterano artista americano está guardando forças para Duro de Matar 5? Esperamos que sim!

As limitações do filme deixarão os cinéfilos entediados por mais confortáveis que sejam as cadeiras dos cinemas brasileiros. Literalmente, um chá de cadeira.