14/05/2013

Crítica do filme: 'O Reino Escondido'


Dirigido por Chris Wedge (que dirigiu A Era do Gelo ao lado do cineasta brasileiro Carlos Saldanha) O Reino Escondido possui uma técnica de apuração apurada, personagens que beiram a um certo carisma comedido porém deveras excêntricos. O foco da trama de divide em questões próprias para a criançada e questões que só os adultos entenderão. Os dois tipos de interação passam pelo pai malucão da personagem principal que possui barulhos de morcegos em seu Ipod.

Na trama, conhecemos uma jovem que resolve passar um tempo na casa de seu pai, um aficionado por plantas e pela natureza. Certo dia, após quase ir embora, descobre um reino encantado e protegido por corajosas criaturinhas denominadas homens folhas. Assim, uma aventura começa com o objetivo de proteger o reino dos seres mágicos.

A trilha sonora se destaca, belíssimas canções. Entre as muito bem produzidas cenas a história volta e meia é esquecida mas o ritmo acelerado, principalmente nas cenas de ação deixam o público com atenção redobrada nos acontecimentos projetados na telona. A história não tem força para conquistar o público por completo.

O Reino Escondido é uma aventura madura em alguns momentos e imatura em outros. É uma gangorra de maturidade que deixa o público até certo ponto decepcionado. Talvez, esse motivo venha em nosso raciocínio quando pensamos que o filme tem a pretensão de ser para todas as idades. O pecado passa perto daí, quando nas cenas para as crianças não envolvem os adultos e a recíproca é mais que verdadeira.

A lesma e o caracol são ótimos personagens. Dão um show de carisma dentro dos inúmeros diálogos engraçados que estão metidos. O cachorrinho da protagonista, Ozzy, tem apenas três patinhas e um poder impressionante de conquistar o público. Vale a pena conferir o roqueiro Steven Tyler dublando um dos personagens, impossível não saber que é ele, sua voz é muito diferenciada.

O filme fala sobre esperança mas não consegue atrair atenção e todos para esse objetivo. Na falta de opção para levar a criançada aos cinemas, esse filme não deixa de ser uma opção. A premissa é interessante, dias após o dia das mães, quem salva todo mundo é o paizão atrapalhado.