31/05/2015

Crítica do filme: 'Spare Parts'

Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. Dirigido pelo produtor, roteirista e cineasta californiano Sean McNamara, Spare Parts tinha tudo para ser mais um filme chatinho sobre o tal do ‘vencer na vida’ mas o longa-metragem consegue uma profundidade pitoresca que usa e abusa do carisma que seus personagens exalam sem serem sardônicos. Mesmo não sendo um filme ótimo, tendo uma direção apenas regular, os destaques são George Lopez e Marisa Tomei que ficam com a missão de levar a história e conseguem com muito êxito agradar aos cinéfilos.

Na trama somos apresentados a um grupo de estudantes do ensino médio que possuem um cotidiano duro, tanto na escola quanto em casa. Eles estudam em um colégio barra pesada em uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos que é comandado por uma carismática diretora, interpretada pela sumida Jamie Lee Curtis. Certo dia, um dos professores tira uma licença e o engenheiro e professor Fredi Cameron (George Lopez) é chamado para assumir o cargo. Isso mudará a rotina de todos, pois um clube de ciências é restaurado e alguns alunos decidem se inscrevem em um torneio de criação de robôs subaquáticos, de esfera nacional. Assim, aprendendo sobre física, mecânica, união e o trabalhar em grupo, os alunos terão seus destinos mudados.

O roteiro de Elissa Matsueda, baseada um artigo escrito por Joshua Davis, é bem definido seguindo as velhas e famosas instruções, “receita de bolo”, hollywoodianas. O diferencial deste projeto, e por isso que ganhou boas opiniões não só no IMDB mas deste jovem cinéfilo que vos escreve, é a naturalidade que os personagens são desenvolvidos pelos seus respectivos atores. É muito fácil se aproximar dessa história, é pundonoroso e muito honroso a dedicação de todos quando em cena. É uma verdadeira homenagem aos reais personagens, já que o filme é baseado em uma história real.

O filme estreou nos Estados Unidos em janeiro deste ano e, infelizmente, somente por um milagre conseguirá ser exibido nos cinemas daqui. Esse é o tipo de filme que foge um pouco do radar das distribuidoras brasileiras, infelizmente. Olha que esse longa é muito melhor que muitos filmes que já estrearam neste ano por aqui. De qualquer forma, se você cinéfilo tiver a oportunidade de assistir, não pense duas vezes. Não é o melhor trabalho do mundo mas é um daqueles projetos que vale a pena dar uma olhada.