19/07/2015

Crítica do filme: 'Que Mal Fiz a Deus?'

O segredo da felicidade é escolher a comédia e largar o drama. Dirigido pelo desconhecido francês Philippe de Chauveron, chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 06 de agosto uma das mais engraçadas comédias francesas dos últimos anos, Que Mal Fiz a Deus? Contando com uma atuação para lá de inspirada do veterano ator Christian Clavier, o filme se sustenta nas irritações hilárias do personagem principal que entra em total desespero quando sabe dos pretendentes das suas quatro filhas.

Na trama, conhecemos o tradicional Claude Verneuil (Christian Clavier), um homem com uma vida boa que vive seu final de vida ao lado da esposa com quem tem quatro filhas. A pacata vida deste orgulhoso cidadão francês é completamente abalada quando é apresentado aos pretendentes de suas filhas, cada um dos noivos tem uma religião diferente e o tradicional Claude entra em total loucura quando sabe desta informação. Sua esperança era a última filha que vai casar mas surpresas o aguardam.

O roteiro é simples, nada que não tenhamos já visto em outros filmes europeus, mas a qualidade na direção e atuações fazem a diferença para tornar esta fita diferente. Faz leves críticas a assuntos muitas vezes tratados com demasiado drama, isso é a forma inteligente do filme mostrar que o bom senso existe. A mensagem é passada e todos saem satisfeitos com o resultado. É o tipo de filme que o público ama mas os críticos as vezes não gostam, principalmente quando pensamos sobre os clichês que acabam sendo cerejas nesse bolo cinematográfico francês.


Que Mal Fiz a Deus? É um dos filmes que você vai rir do início ao fim. O roteiro apresenta suas imperfeições principalmente nos arcos finais mas nada que atrapalhe tamanha simpatia dos atores em cena. É, sem dúvidas, uma das melhores comédias francesas dos últimos anos. O público, que já pode conferir o longa-metragem no último Festival Varilux de Cinema Francês, saiu das salas de cinema com o ânimo lá em cima. Vai ser um sucesso no circuito comercial brasileiro. Não percam!