30/12/2017

Crítica do filme: 'Liga da Justiça'

Houve muita expectativa sobre esse projeto, a reunião de diversos super heróis famosos dos quadrinhos lutando contra um inimigo da humanidade. Exatamente o mesmo gancho de salvação do planeta visto em filmes da série Vingadores da Marvel. A preocupação de cinéfilos de todo o planeta era que a DC tinha apresentado até agora resultados insatisfatórios (exceto talvez o ótimo Mulher Maravilha), falando em cinema, com filmes longe de serem queridos. Em Liga da Justiça, jogam no liquidificador nerd diversas características humanas de seus personagens, liderados por um Batman melancólico e repleto de culpa interpretado por um surpreendente Ben Affleck. Esse trunfo se desenvolve muito bem, aliando cenas de ação empolgantes. O resultado é um filme bastante interessante, onde o brilho de cada super herói se sobressai em qualquer brecha para individualidade.

Na trama, subseqüente a morte do Superman (Henri Cavill) em Batman vs  Superman: A Origem da Justiça, vemos um Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) abatido e amargurado, com enormes sentimentos de culpa mas que precisa vestir a capa do morcego para combater um terrível vilão com enormes poderes. Para isso, ao lado de Diana Prince/Mulher Maravilha (Gal Gadot), resolve recrutar super heróis da terra que mapeia com a ajuda de Alfred (Jeremy Irons) em sua batcaverna. Assim, se juntam ao super herói mencionados, Barry Allen/ Flash (Ezra Miller), Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa) e Victor Stone/Cyborg (Ray Fisher). Assim, inicia-se o que chamaremos de A Liga da Justiça.

Os conflitos de Wayne em liderar a equipe são evidentes e marcantes, um Tony Stark bem elaborado da DC. Usando seus recursos financeiro ilimitados mas sem ter na prática um super poder, o homem morcego se vê em dúvida a todo instante, principalmente na ideia que molda as ações do longa, o resgate de uma peça chave para o sucesso de sua equipe. O recrutamento traz boas cenas e explicações sobre as origens dos personagens, principalmente o contexto de Cyborg e Aquaman. Flash, rapidinho até em sua história passa batido alguns pontos mas nada que atrapalhe o desenvolvimento. Esse último também fica com o cargo de ser a ponto cômica do filme, com piadas adolescentes exatamente da mesma maneira que enxergamos o Homem Aranha na turma dos Vingadores.


Por incrível que pareça, pelos caminhos que percorrem o roteiro de Liga da Justiça, a ação acaba ficando em um segundo plano, é mais um conflito de ser humano e suas emoções, em um desenvolvimento que preenche brechas de outros filmes transformando esse em um dos bons filmes baseado em quadrinhos. Esqueça a briga que existe entre Dc vs Marvel, por mais que se pareçam, essa competição só tem que ser vista de perto quando cada turma de super heróis a cada novo longa nos brinda com filmes com alma e essência desses inesquecíveis personagens que brindam nossas mentes a cada nova geração.