27/09/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #525 - Luiz Francisco Haiml


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Taquara (Rio Grande do Sul). Luiz Francisco Haiml tem 56 anos. Natural de Porto Alegre (RS), mas seus 56 anos são vividos todos em Taquara (RS). Foi colunista, comentarista de filmes, em vários sites e jornais da região do Paranhana, e fora. Atualmente tem coluna apenas no Jornal Panorama On-line (Haiml & etc) na qual escreve sobre assuntos diversos há mais de vinte anos. Professor, metido a videomaker (youtube- LFHAIML), realizador do primeiro curta – metragem taquarense, Ereshkigal, se esforça para escrever ficção, e poesia – gêneros nos quais já obteve resultados positivos em vários concursos e antologias.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Já tivemos, aqui na minha cidade, Taquara, RS, uma das melhores salas de cinema do nosso Estado, tinha inclusive sistema Cinemascope, usado em filmes tipo Os Dez Mandamentos e o Ben-Hur, ambos estrelados por Charlton Heston. Tive a chance de ver tais filmes em tal sistema. Hoje, mesmo vendo-os em tv de muitas polegadas, jamais será a mesma coisa.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Gente, eu nasci dentro do cinema. A magia foi desde sempre, desde a primeira vez que entrei num espaço desses, criança pequena ainda, até hoje. A magia toda do ritual continua.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Já passei dessa fase, mas gosto de diretores que escrevem e dirigem suas próprias histórias: Lynch, Allen, ... Mas de outros, digamos, não perco filme de Spielberg, por pior que seja o filme. Não gostei de Caveira de Cristal, Jogador Número 1, Tintin. Quero ver agora o que ele vai inventar com a refilmagem de um dos meus clássicos musicais preferidos; Amor, Sublime Amor. Tenho medo.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Nossa tem vários. Mas se é para dizer um, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, rica adaptação do texto original. Já vi várias vezes e em todas dei muitas risadas.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ter um hobby fantástico, curtir e divulgar uma forma de arte maravilhosa, que registra e revela coisas que nem imaginávamos poder serem registradas e reveladas.

 

6)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não.

 

7) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A Queda da Casa de Usher, versão de Jean Epstein.

 

8) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Ir abrindo aos poucos, com restrições, cobrança de carteira de vacinação (com foto), cadeiras separadas, assim como estão fazendo. Ajudaria mais se não houvesse tanta ignorância e muitos levassem a sério a vacinação.

 

9) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Ótima.

 

10) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Olho pelo temas, não pelos artistas. Mas se é para citar então gosto muito dos trabalhos da Marjorie Estiano e do Irandhir Santos.

 

11) Defina cinema com uma frase:

É uma segunda religião.

 

12) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Os primeiros efeitos de som surround eram enormes caixas de som dentro do cinema, e algo que fazia as cadeiras tremer. Vi Terremoto e Midway (primeira versão – e ambos com C. Heston, kkk ) com tal sistema.

 

13) Defina ‘Cinderela Baiana’ em poucas palavras...

Não vi, e tão cedo não pretendo ver.

 

14) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo? 

Acho difícil um cara que dirige não gostar de filmes. Tem diretores que não assistem seus filmes depois na tela. Mas não significa que não assistam séries e filmes por fora.

 

15) Qual seu documentário preferido? 

Não tenho paciência para documentários. Mas acho fascinante que várias séries–doc. sobre óvnis e casas assombradas nada mostrem, de verdade, e mesmo assim encantem os incautos.

 

16) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?   

Sim, no íntimo.

 

17) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu? 

Não tenho mais acompanhado o cara, mas inegável dizer que é talentoso e já fez grandes clássicos e cults: Coração Selvagem, Asas da Liberdade, Arizona Nunca Mais, Adaptação, A Outra Face, entre outros.

 

18) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Nenhum. Lia, e colecionava, revistas, mas acabaram.

 

19) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

O meu baixaflix. Não curto, são todos muito chatos na hora de se cadastrar, na forma de pagar, e de baixar programa tal e tal, às vezes, para funcionarem. Um saco.