14/01/2025

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Pausa para uma série: 'Terra Indomável'


Trazendo para reflexões assuntos que até hoje estão em alta nas pautas políticas, como: migração e a colonização, o novo seriado da Netflix Terra Indomável nos transporta até o já conhecido e conturbado velho oeste americano, mais precisamente no ano de 1857, onde nativos, exército americano, milícia mórmon entram em choque para alcançar a liberdade, o poder, pelo que acreditam ou simplesmente pela sobrevivência.

Contado de forma visceral, com cenas de tirar o fôlego e uma narrativa cirúrgica, essa minissérie de seis episódios apresenta recortes profundos sobre as formas de pensar diferente de nômades das indefinições de um país em conflito. As tradições vão de encontro a uma cultura de sobrevivência, com num trajeto de muitos perigos e violência por todos os lados, somos guiados por uma mãe e seu passado misterioso em busca de um refúgio.

Ambientado na região de Utah no século XIX, sob diversos pontos de vistas, conhecemos Sara (Betty Gilpin), uma mãe desesperada para chegar até o oeste com o filho Devin (Preston Mota). Seu caminho acaba se cruzando com o de Isaac Reed (Taylor Kitsch) que a ajuda numa jornada de muita dor, sangue e batalhas pela sobrevivência. Paralelo a isso, uma disputa por poder deixa toda a região selvagem e imprevisível.

Retratar o velho oeste norte-americano sempre foi um enorme desafio para as centenas de produções que assim fizeram. Emboscadas, traições, violência, a distância da lei, sempre tomaram conta dos roteiros. Em Terra Indomável, longe de ser um guia definitivo sobre essa era cheia de questões da história norte-americana, vemos a jornada da heroína muito bem construída e arcos dramáticos junto de conflitos e desenvolvimento bem executados. Uma equação que realmente prende a atenção do público.

Criado pelo roteirista norte-americano Mark L. Smith, o seriado que vem conquistando a atenção do público na mais famosa plataforma de streaming, usa o desejo e objetivo dos personagens para criar um retrato impactante de uma natureza bela e selvagem. Com subtramas muito bem embaralhadas vemos constantes distantes, como a escassez de recursos e a esperança, andarem lado a lado em disputas que não conhecem a paz.